O que esperar de inovações tecnológicas no Catar 2022? A tecnologia RFID estará presente nessa Copa do Mundo?
Por: Dorival Souza
O que esperar de inovações tecnológicas no Catar 2022? A tecnologia RFID estará presente nessa Copa do Mundo?
A Copa do Mundo de Futebol sempre foi um marco de quatro em quatro anos… Quem nunca viu propagandas na TV, com chamadas semelhantes a: “…compre e pague a primeira parcela só depois da copa!” ; )
É assim! Marketing e Vendas se aquecem muito com a copa e, como consequência, as empresas buscam otimizar seus processos e suas operações através de tecnologia e inovação, e a transformação digital é a busca certa para isso.
Muitas inovações já não nos surpreendem, mas foram apresentadas em edições anteriores da Copa de Mundo de Futebol.
A transmissão dos jogos via satélite e em cores, foram marcos nas copas de 66 e 70 respectivamente. O spray para marcação de faltas que evapora em minutos, criado por um brasileiro e lançado na copa de 2014, no Brasil. Aliás, aqui também, foi dado o pontapé inicial de um jogo com o exoesqueleto, uma tecnologia que consiste de uma estrutura mecânica vestida por um indivíduo tetraplégico que permite que ele se movimente.
Porém, quando falamos de mobilidade e identificação e captura automática de dados, a copa do mundo também tem trazido inovações com tecnologias de RFID e rastreabilidade.
RFID na Copa do Mundo de Futebol
Sistema antifraude para os ingressos
Produzidos pela norte-americana HID Global, os ingressos da Copa do mundo de 2018, na Rússia, continham tecnologia RFID. Fabricados em papel especial que integra vários recursos de segurança exclusivos de um ticket, ele foi projetado exatamente para inibir a falsificação, uma vez que os dados são armazenados no chip RFID de um bilhete criptografado e assinado digitalmente. Com isso, as chances de fraudes com bilhetes falsificados foram reduzidas a praticamente zero.
Bola da Copa com RFID
Para a Copa do Mundo da Rússia, em 2018, a Adidas decidiu repaginar a lendária Telstar (da copa de 1970), trazendo à competição a Telstar 18, feita com materiais reciclados. A bola tinha o preto e branco como cores principais, mas com um padrão de mosaico nas placas pretas.
Com chips NFC embutidos nas bolas utilizadas nos jogos, a Fifa permitiu que se utilizassem os dados para determinar sua velocidade, deslocamento, além da sua exata posição.
O NFC (Near Field Communication) é o nome dado a uma tecnologia de comunicação de curtíssimo alcance de forma simples e segura, entre dois dispositivos. A tecnologia é considerada uma versão mais sofisticada de radiofrequência – RFID na Copa do Mundo de Futebol.
Para os torcedores que compravam a bola, poderiam baixar um aplicativo de celular e com ele, ter acesso aos conteúdos especiais disponibilizados sobre o evento mundial.
Mas, e na copa do Catar? O que há de inovações?
Aproveitando a época de Copa do Mundo e já torcendo pelo Brasil, pesquisamos as 7 inovações tecnológicas da copa do mundo do Catar. Que número hein??!! Sai pra lá 7×1 : (
Desde inteligência artificial até estádio desmontável, essa copa trará o conceito de sustentabilidade bem atuante. Um exemplo são os ônibus elétricos para conduzir os torcedores de um estádio a outro, além de várias partes de Doha. Será o primeiro país a utilizar tais ônibus em um torneio esportivo. A projeção de investimentos era na ordem de US$ 220 bilhões, 14 vezes o investimento na Rússia em 2018.
1 — Inteligência artificial em impedimentos e bola Al Rihla
Já temos muitas inovações com Inteligência Artificial (IA), mas pela primeira vez a FIFA terá um sistema semiautomático envolvendo IA para marcar impedimentos em uma Copa do Mundo. Serão usadas 12 câmeras para rastrear até 29 pontos dos corpos dos jogadores durante a partida, utilizando recursos de machine learning. A bola Al Rihla, graças a um sistema desenvolvido para a Adidas, terá um chip de geolocalização sensível ao toque. Com isso, no momento do lance, as informações são enviadas através de RFID – NFC, a um software com IA e os dados são traduzidos e repassados aos operadores do VAR como forma de alerta.
2 — Camisetas inteligentes
As camisetas dos atletas terão microssensores no tecido para identificar temperatura corporal, nível de estresse, respiração, hidratação e outros sinais vitais. Tudo isso em tempo real para fornecer subsídios às equipes técnicas, que poderão adaptar suas estratégias de treinamento e jogo de acordo com essas informações. Imagine o treinador sabendo de antemão que o jogador está perdendo rendimento e poder substituir com precisão.
3 — Cidade inteligente Lusail
Lusail vai sediar a final da Copa do Mundo do Catar. Totalmente baseada em princípios de sustentabilidade, a cidade vai ter um sistema de gerenciamento de mobilidade urbana, em que sensores nas ruas vão oferecer informações de trânsito, vagas de estacionamento e horários de ônibus e metrô em tempo real, além de resfriamento tubular que leva água gelada da marina local a quase mil prédios, por meio de 175 km de tubulações subterrâneas.
3 — Drones para a segurança
Segurança de atletas e visitantes, ainda mais em tempos de guerra e ataques terroristas, sempre foi e será primordial.
Além de filmar e fazer patrulha, os dispositivos poderão interceptar drones inimigos. A intenção é que os drones lancem uma rede contra o dispositivo suspeito e o levam para longe. A aeronave é auxiliada por radares instalados em locais estratégicos nos entornos de estádios, aeroportos e hotéis.
5 — 5G e conectividade total
A conexão 5G será usada pela primeira vez em uma Copa do Mundo, para garantir conectividade total para cerca de 1 milhão de visitantes. Já falamos das possibilidades do 5G na transformação digital das empresas. Na copa, a tecnologia permitirá experiências imersivas de realidade virtual. Um gol poderá ser visto em diversos ângulos por meio de seus smartphones. Espera-se, ainda, que a tecnologia reduza o “delay” nas transmissões de tv e que se consiga transmitir em resolução 4K sem problemas.
6 — Resfriamento de estádios
Mesmo sendo no inverno, a Copa do Mundo no Catar, deve ter temperaturas bem altas. Os estádios terão um sistema de resfriamento para os jogadores e os torcedores.
Funciona assim: Um centro de energia será instalado perto destes estádios, que, quando acionado, leva água fresca para os canos instalados em diversos pontos da arena. Assim que a água é distribuída, um ar gelado é empurrado para o campo e arquibancada, diminuindo a temperatura e mantendo todos os jogadores e torcedores refrescados. Somente um estádio não terá esta tecnologia implementada, visto que ele é localizado ao lado da costa, onde uma brisa natural serve como o refresco necessário para o conforto de todos presentes.
7 — Estádio desmontável
Chamado de Estádio 974, é composto por 974 contêineres e outros materiais recicláveis. Ele foi pensado para minimizar o impacto ambiental da construção e, depois do campeonato, poderá ser montado e desmontados em diferentes localidades, de acordo com a necessidade. Os containers são coloridos e numerados e fiquem totalmente à mostra, o que dá um aspecto único para o estádio.
Além disso, todos os outros estádios consumiram aproximadamente 40% menos energia comparados a estádios do mundo. O design dos estádios dessa copa tem o conceito de “envelope de construção”. De acordo com o Digital Hub da Fifa, “um envelope de edifício termicamente eficiente minimiza a demanda nos sistemas do edifício, otimizando sua eficiência energética.”
Outro ponto são os telhados retráteis, que podem deslizar para trás para abrir ou para frente para fechar, dependendo das condições climáticas. Esses telhados retráteis foram instalados nos estádios para manter jogadores e torcida resfriados, de forma que não sobrecarregue o uso de energia e água necessária para o resfriamento.
Legado das Copas
A Copa do Mundo, assim como as Olimpíadas, traz inovações que ficam para a humanidade. A tecnologia RFID contribui e vai continuar contribuindo a esse legado. A Copa do Mundo do Catar não vai fugir à regra, já que soluções de conectividade baseadas em 5G e IoT, além da inteligência artificial (IA) serão estrelas juntamente com os jogadores das seleções dos 32 países. A grande promessa é ver inovações tecnológicas trabalhando em conjunto com sustentabilidade.
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